Quem tem a sensação de que o tempo está passando rápido demais?

Parece que todos temos!

É um fato que o mundo está mudando numa velocidade muito acelerada, tecnologias, tendências, preferências, assim o futuro se torna incerto e desafiador.

Diante da complexidade e ambiguidade das nossas infinitas possibilidades de escolhas, preferimos o que é mais fácil, rápido, próximo e confortável.

Estamos vivendo no mundo VUCA. Este termo que, apesar de ter sido criado nos anos 90 pela Escola de Guerra Americana para descrever o contexto pós-guerra fria, foi incorporado para apresentar as características do atual momento em que vivemos, Volatilidade (Volatility), Incerteza (Uncertainty), Complexidade (Complexity) e Ambiguidade (Ambiguity).

Nesse mundo, vivemos uma inquietude instigante e questionadora:
O que eu faço? Como me diferenciar? Para onde sigo? Em que investir minhas energias? Como me preparar para o futuro? O que tem sentido para mim? E tendemos a escolher o que é mais fácil e nos mantém dentro da nossa zona de conforto.

Para Faith Popcorn, uma das maiores especialistas em tendências do mundo, estamos vivendo o Encasulamento e a Formação de clãs. Preferimos viver dentro da segurança do lar, pois o lado de fora é difícil, incerto e ameaçador. Em casa, vemos, comemos, ouvimos, somente o que queremos e falamos com quem queremos e, quando saímos, aproximamo-nos apenas das pessoas que compartilham dos mesmos gostos e interesses que nós, fechamo-nos em clãs.

É chegada a hora do que ela mesma, Faith Popcorn, chama de S.O.S. (Salve O Social), precisamos redescobrir e resgatar a consciência social, precisamos nos relacionar. Tudo se dá nas relações!

Sabemos que no cenário descrito anteriormente, os relacionamentos tendem a ser mais rápidos, menos “olho no olho”, sem empatia, sem conexão.

Muitas atividades que dependem de relacionamentos passarão a ser realizadas pela tecnologia. Segundo o World Economic Forum, até 2022, “75 milhões de empregos serão substituídos pela mudança na divisão do trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos”. Em contrapartida “133 milhões de novos cargos podem surgir”, mas eles dependerão do que as máquinas não possuem, por isso, João Lúcio de Azevedo Filho, presidente da COGNIZANT BRASIL, diz: “vale investir no desenvolvimento de atividades que envolvam criatividade, originalidade e sensibilidade humana”.

Considerando todo esse cenário, fica evidente que o que vai nos manter ativos no mercado de trabalho é desenvolvermos as chamadas soft skills, ou seja, nossas habilidades socioemocionais como comunicação interpessoal, pensamento criativo, resiliência, colaboração, empatia, liderança, ética e, assim, permitir nos aproximar e nos relacionar com intenção, verdade, conexão, para de fato acessarmos nossa humanidade e a de quem estiver a nossa frente.

O conceito de ressonância positiva, apresentado pela Psicologia Positiva, aponta que experiências interpessoais trazem um aumento momentâneo do afeto compartilhado, do cuidado mútuo, favorecendo uma sincronia biológica e comportamental nos relacionamentos. Com isso, mais facilmente se constrói conexão, laços, compromissos e percebe-se um impacto na lealdade, colaboração e confiança entre as pessoas, seja individualmente ou em grupos.

Todo e qualquer relacionamento é uma experiência por si só e está nas nossas mãos, no nosso controle, na nossa vontade, fazer desta uma experiência positiva, marcante, diferenciada.

As empresas têm investido, cada vez mais, na qualidade de relacionamento com os seus clientes, ou seja, tem promovido experiências que busquem a sua satisfação, encantamento e fidelização.

Esta experiência é tão importante que uma renomada empresa de auditoria – PWC – recentemente apresentou uma nova métrica, o ROX – retorno sobre a experiência, além do conhecido ROI, retorno sobre o investimento. Medir e controlar a percepção pela experiência vivida, impacta diretamente nos resultados e crescimento das organizações.

Nesse mundo VUCA, escutar, empatizar, respeitar as escolhas de cada um, ter clareza dos caminhos a trilhar, flexibilizar-se e adaptar-se às realidades que se apresentam, comunicar com conexão e generosidade, inovar e pensar “fora da caixa”, são comportamentos estratégicos para destacar e revelar seus diferenciais, na vida pessoal e, também, na profissional.

Então, saia da sua zona de conforto, acesse as habilidades, aprimore, sempre temos o que melhorar, e colha os frutos.

O futuro está no valor das relações humanas e, sim, podemos ser valorosos.

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